A Transcaucásia ou o Cáucaso do Sul, são nomes dados a uma região peculiar, que divide a Europa Oriental, da Ásia Ocidental. Com uma cordilheira que vai desde as margens do Mar Negro, até a costa do Mar Cáspio.
É nessa região que se encontram três repúblicas igualmente belas em natureza, mas com características culturias diversas, que vão dos primórdios da história humana, até a mais moderna urbanidade. A Geórgia, a Armênia e o Azerbaijão, que tem em comum uma história de domínio soviético.
Há cerca de 100 etnias espalhadas por esses três países do Cáucaso, com costumes e línguas diferentes. Fato que faz dessa área a terra da diversidade linguística. E claro, também cultural.
Certa vez, contamos algumas curiosidades e listamos 5 motivos do porquê você não pode deixar de conhecer essa região. Agora, vamos falar especificamente sobre cada um desses três países que podem ser visitados em uma só viagem.
Há muitos mistérios para desvendar na Geórgia, Armênia e Azerbaijão. Por isso, listamos algumas características marcantes desses países e o que você não pode deixar de conhecer em cada um deles. Pronto para fazer as malas? Então vamos lá!
Onde fica Cáucaso?
Cáucaso é o nome dado para a região que divide a Europa Oriental da Ásia Ocidental, formada por alguns países, sendo os principais do sul: Armênia, Azerbaijão e Geórgia.
Chamada também de Transcaucásia ou Cáucaso do Sul, os 3 países de região peculiar já foram republicas soviéticas, e hoje sendo dois países, Geórgia e Armênia, pertencendo ao continente europeu, enquanto o Azerbaijão, pertencente do continente asiático. Mas na prática sabemos que é uma região de transição entre os continentes.
Com uma cordilheira que vai desde as margens do Mar Negro, até a costa do Mar Cáspio, a região acumula mais de 21 milhões de habitantes distribuídos entre os países.
Azerbaijão
É um rico país à beira do Mar Cáspio, que diferente dos outros dois, tem como principal religião o islamismo. Fato consequente da histórica ocupação de turcos, árabes e persas no país.
A cultura rica e diversificada exibe os tesouros herdados dos dois grandes continentes, Europa e Ásia. Um mix muito bem equilibrado e único, que não se encontra em mais nenhum outro país do mundo.
Sua capital, Baku, é famosa pelo centro medieval fortificado, que nos apresenta um grande contraste entre o antigo e o moderno. O seu desenvolvimento econômico vem basicamente do petróleo, explorado e extraído do mar, e também da agricultura local.
O que eu não posso deixar de fazer no Azerbaijão?
Conhecer a maior cidade, e a capital azerbaijana, Baku, que nos ganha com toda a sua beleza e autenticidade. Ela se apresenta em duas partes, a cidade velha e a cidade baixa.
A cidade velha é onde se encontram as torres, muralhas, e todas as características medievais e tradicionais que datam pelo menos do século XII. Dentre tantas belezas e atrações, se destacam, o Templo Ateshgah, também conhecido como “ Templo do Fogo de Baku ”, local de cultos hindus, e onde se encontram fortes influências indianas, como em suas escrituras nas paredes, no milenar sânscrito.
A “Torre da Donzela”, com aproximadamente 30 metros de altura, e de um estilo bem arquitetônico, carrega a lenda de uma donzela que se atirou do alto, para encontrar a morte nas ondas abaixo. Um monumento de destaque, e um dos emblemas nacionais mais distintos do Azerbaijão.
Já na cidade baixa, o moderno entra em evidência, apresentando-se logo ao sair pela Baku Boulevard, uma avenida criada em 1909, que corre paralela à orla marítima, onde podemos encontrar prédios futuristas, como as incríveis Flame Towers, um trio de torres arranha-céus, que simbolizam chamas de fogo, e que completam a paisagem, se tornando gigantescos displays de LED durante a noite.
Há também o “ Museu do Tapete ” , um edifício grande, todo enrolado, em formato de tapete mesmo, que carrega cerca de 5 mil tipos para exposição, cada um deles, carrega uma história e simbologia há séculos. O Azerbaijão já era famoso pelos seus tapetes, antes mesmo da descoberta do petróleo.
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Geórgia
A Geórgia, país de nascimento de Stalin, tem a maioria de sua população católica ortodoxa. A cultura também é bastante peculiar, sendo o único estado no mundo que utiliza a língua georgiana oficialmente.
Um país de um clima bem diversificado, seus cumes nevados, são uma atração à parte.
Possui também uma grande produção de vinho, com toda a sua grande variedade de uvas, que tem como marca, ser o primeiro país a produzir a bebida, que ainda mantém a tradição de fabricá-lo em grandes vasos enterrados sob o chão.
O que eu não posso deixar de fazer na Geórgia?
A cidade de Tbilisi, é uma mistura de culturas e nacionalidades, já que foi dominada em toda a sua história por comerciantes, guerreiros, tiranos e ditadores. Atualmente, é uma cidade moderna, com muita arte, belas construções e pequenas ruas com pequenos pátios interiores.
Dentre tantas atrações, não se pode deixar de caminhar pelas ruas da parte antiga da cidade, onde pode-se visitar, o “Museu Estatal de História”, o bairro Abanotubani com seus banhos de águas sulfúricas , e passar pela Avenida Rustaveli, um famoso ponto de encontro dos “locais”, e conhecida por seus prédios emblemáticos.
Cachétia, é um região da Geórgia Oriental, local onde se encontra a terra do vinho. Considerada a parte mais fértil e pitoresca do país, e que faz fronteira com as grandes montanhas do Cáucaso, localizadas no norte do Vale Alazani.
A rica terra, o sol quente e o trabalho duro dos locais resultaram na criação de 500 tipos diferentes de vinho no país. Além disso, a cidade apresenta incríveis pontos para o turismo, como a Catedral Medieval de Alaverdi e o Complexo Arquitetônico de Gremi, construído pelos reis da Cachétia por volta do século XVI.
Mtscheta, uma antiga capital georgiana, que atualmente é considerada um Patrimônio da Humanidade pela Unesco, por ser por si só um um museu vivo com muitos monumentos arquitetônicos, históricos e centros religiosos, como a Catedral de Svetitskhoveli. O local é famoso por dizer-se abrigar a túnica de Cristo.
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Armênia
A Armênia é o país berço do cristianismo, mais precisamente o cristianismo armênio. Dentre os três países, é o menos desenvolvido. Porém carrega consigo histórias profundas, encravadas em sua natureza exuberante.
Sem saída para o mar, foi alvo do terrível genocídio armênio, por parte dos turcos. Guarda no horizonte a melhor vista do importantíssimo Monte Ararat, a paisagem intocável, sendo que a montanha faz parte do território da Turquia, e por não possui relações diplomáticas com este país, a aproximação se tornou proibída.
Mas se tem algo que a trágica história da guerra entre a Armênia e a Turquia deixou de positivo para o povo armênio, é a união, sem contar o acolhimento e recepção que eles sabem proporcionar aos turistas.
O que eu não posso deixar de fazer na Armênia?
Conhecer a cidade de Lori e o “Mosteiro Medieval Haghpat”, que é único, tanto pelo seu valor arquitetônico como espiritual. Considerado uma obra-prima da arquitetura religiosa e um grande centro de aprendizado na Idade Média.
O Lago Sevan é a “A Pérola da Armênia”, o segundo maior lago alpino do mundo, com cerca de 1900 metros de altitude, e ocupa impressionantemente cerca de 5% do território do país.
Yerevan, a capital e também a maior cidade da Armênia, tem muitas atrações para vivenciar, como a “Cascada”, uma escada gigante feita de calcário. Dedicada a trazer o melhor da arte contemporânea de todo o mundo para a Armênia e apresentar o melhor da cultura armênia no mundo.
Matenadaran, um instituto científico e museu de manuscritos antigos, onde se preservam os tesouros da ciência armênia e os valiosos manuscritos do quinto século que contêm aproximadamente 18.000 manuscritos antigos, sendo a maior coleção do mundo.
Vagharshapat é conhecida como a cidade santa, onde podemos encontrar a famosa “Catedral de Echmiadzín”, o centro espiritual de todos os armênios, a residência dos católicos e a primeira Igreja Cristã do mundo (303 dC, UNESCO). Hoje, ela incorpora os diversos estilos de diferentes períodos da arquitetura armênia.
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Qual a melhor época para viajar para o Cáucaso?
A temporada turística do Cáucaso se concentra durante os meses de primavera e verão, ou seja, entre meados de abril até no máximo meados de outubro.
Nessa época é possível passear pelas cidades, fazer caminhadas pelas montanhas, pontos turísticos e não sofrer com o frio.
O clima do Cáucaso é intenso no inverno, só não tanto porque os grandes picos protegem as cidades dos ventos. Mas pode se preparar para neves, atrações turísticas vazias e calmaria.
Diferentemente dos destinos europeus clássicos, que até recebem turismo no inverno, a região do Cáucaso é bem menos procurada. No verão o turismo também é bem tranquilo.
Como chegar no Cáucaso?
Independente de qual país sua rota por Cáucaso começará, os três não possuem voos diretos do Brasil, indeferindo na ordem.
Geralmente a rota se inicia por Azerbaijão, por sua capital, Baku, onde será feito maior parte dos passeios no país, localiza-se na extremidade, sendo necessário um voo para a Geórgia ou Armênia.
Além de que, mesmo Baku sendo medieval, a cidade possui seu lado moderno, e separando os passeios modernos do restante da viagem, é possível aproveitar mais ambos os estilos, possibilitando mergulhar de vez nesta viagem ao tempo no restante do passeio.
E o mais importante, o Azerbaijão muitas vezes nega o visto de quem possui carimbo, em seu passaporte, da Armênia, pois os países possuem conflitos. Então é melhor não arriscar a viagem e passar pelo Azerbaijão primeiro, né?!
São diversas agencias áreas que realizam a rota do Brasil para o Aeroporto Internacional Heydar Aliyev (com conexão), em Baku, no Azerbaijão. Sendo algumas delas a Airfrance, Tam, Lufthansa, entre outras.
Após conhecer o Azerbaijão, o roteiro fica mais “fácil”, pois os outros dois países e suas capitais são mais próximas, o que possibilita viajar por vias terrestres de um ao outro.
Após a viagem, independente do destino que escolher após o Azerbaijão, ambos países possuem aeroportos com voos (com conexão) para o Brasil, partindo da Georgia pelo Aeroporto Internacional de Tbilisi, ou da Armênia, através do Aeroporto Internacional de Zvartnots.
